Humanos mundanos

Pela escuta do meu arbítrio,
silenciando a racionalidade
e a ficar afônico do alívio,
ouço antídoto para a humanidade

Já viu alguém sem alma?
Presenciei ausência de coração
arritmia de almas sem calma
batimento frívolo de solidão

Enquanto, neste mundo, um come
dois passam fome
estômagos famintos, em pares,
marcham rumo à úlcera do homem

Vi duas formas de sobrevivência
uma institivamente competitiva
a outra, livre da concorrência,
amante da alma alheia, distinta

Individuais, assim nos expomos
pisando na inevitável coletividade
sangue de um ou sangue de outro
se é vermelho no espelho da verdade.

Autor: Lucas Vinícius da Rosa