Coração sem pátria

Apenas um caixeiro viajante
vagava pelas ruas insólitas
mas era andarilho cativante
bandeirante de boas solas

Nômade de precisas 27 viagens
seu coração perdeu umidade
não afugentava mais as verdades
inceneradas em 4 cavidades

Ele estava sempre passo a frente
caminhava como ser extraordinário
sem mortuário, sequer era gente

Viagem errante, mas de bons rumos
fez-se o caixeiro homem de um berço
e corpo de infinitos túmulos.

Autor: Lucas Vinícius da Rosa