Por sobre o rio das angústias

A apatia que lhe reflete me traz,
como vento indolente, rajada essa
do ar que tenho e o quero lhe dar;
há neste céu inúmeras atmosferas!

Quem sabe sobre outras nuvens lhe
esteja algo a precipitar lágrimas,
enxugando seu rosto em cada detalhe
revelando suas profundas lástimas

Mas, aqui se produz o que se come
deste cativeiro você libertar-se-á
para construir a necessária ponte

que a leva onde se não se faz fome
e as algemas não estão no coração
e as pontes conduzem à outra paixão!

Autor: Lucas Vinícius da Rosa