Soneto fabuloso

Iremos pelas vias da fábula
para que, desta maneira,
ensine moral a mim mesmo;
lecionarei às minhas traças

Nesta vida, não se conta
não se contam carneirinhos
não há sustentadas folhas
ventos polinizam escolhas

Ah, tenho-lhe algo relevante
Conversei com a minha raíz;
caí longe dela, sem um triz

E ignorantes amaram também.
Não fosse o coração imoral,
inteligentes diriam amém!

Autor: Lucas Vinícius da Rosa