Soneto ao vento

De pronto, obtêm-se o fardo
e na boca o mesmo amargo
de outrora, exacerbado
deixa as costas doentes

Mesmo assim, o carrego
pois, esse é meu apelo
já tive fé inabalável
o tempo passa e eu fico

Olhos de soneto são tristes
quem sabe, alguém me ensine
a fabulosa arte de viver

Ou então, alguém se arrisque
sem medo de morrer, sobreviva
em paz, um dia hei de renascer

Autor: Armindo Guerra Jr.