Onde os fracos não têm vez

Se todos os dias têm sua medida
são mensurados quanto à sua valentia,
ou, talvez, quanto à sua covardia
Dessa forma, juntos, um a um, dia a dia,
sintetizam uma sina

Equivocado aquele que pensa que,
como dita a cruel convenção dos dias,
a semana detém um início e um fim
Começo é uma marco humano, e o final,
por sua vez, item meramente mundano

Temos sido enganados, não obstante,
tudo se altera para que nada morra
tudo se expande, nascer é o durante
domingo ou segunda, só muda, do dia,
o semblante

Se, no entanto, rotulamos a tudo,
atribuímos etiqueta sem escrúpulo
no dia, na semana, e em si próprio
classificamo-nos em molde absoluto

Falsos e verdadeiros guerreiros em pé!
Não, os falsos podem se sentar!
O verdadeiro guerreiro acompanha o planeta
Percebe-se, às vezes, mais pesado que o astro
Carrega uma cruz em cada ombro,
descrucifica seu rótulo, sua farda, seu fardo!

Autor: Lucas Vinícius da Rosa