Nossos infernos celestes

Não fora possível aliernar-me
pelo que me fiz compartilhável
ainda assim, talvez deplorável
retive-me nos seus cemitérios

Demasiados túmulos neles havia
nos quais busquei com paciência
nas lápides nas quais se existia
uma morte para duas existências

Todavia, pela minha mais valia
digo que almejava íntimo valor
talvez sua última sinceridade

Assim, de mortes e honestidades,
viveram meus ossos sem maldade;
sem o cálcio perverso da vaidade!

Autor: Lucas Vinícius da Rosa