Por este exercício da boa vizinhança,
enrijeço os meus músculos cardíacos;
escarro mal sangue, aspiro esperança
como pulmões com novos ares amigos
A gargalhada desperta-me para a vida
que vejo sofrida em muitas esquinas
enquanto sorrimos e o mal espantamos
da esquina somem sofrimentos tacanhos
Pessoas ao lado sem saber me compõe
limpando o sangue das asas do anjos
na mesa destas angelicais refeições
há vizinhos que desconheci por anos
Tornei-me nobre, assisti à sua nobreza
e pisei no mendigo da minha existência
as tristezas são desprezíveis esmolas
que não compram esta vizinha riqueza.
Autor: Lucas Vinícius da Rosa