Meu trágico arbítrio

Andarei por outras trilhas nesta areia
que não sejam feitas de pegadas outras
afinal não foram estas minhas escolhas;
tal arbítrio livre minha alma incendeia

Em chamas posto meu espírito sob o sol
e minha face se desfalece em verdades;
meu crânio se expôe, faço-me em partes
e os pensamentos ardem quando estou só

Maravilhosas pegadas que levam ao mar,
este leito solitário gigantesco da Terra,
que me desenterra se nele eu me lançar

As feridas rubras imergem neste azul,
das águas que as curam da hiprocrisia.
Sei agora onde irei afogar-me em vida!

Autor: Lucas Vinícius da Rosa