Meu soneto invertido, perdido

Quando foi que nos perdemos?
E tal tempo será que passou?
Quando perdi o nosso tempo?!

Agora, com ampulheta vazia,
não faz sentido contar nada
areia que conta minha vida

Ceguei o olho que tudo vê!
refutei deuses para lhe ter
rasgo meus versos por você
já não sei mais lhe perder

Inverto este soneto apático,
e sou eclesiástico com isso:
as causas do tempo partido
ganho tempo por este aviso?

Autor: Lucas Vinícius da Rosa