Bateu-se o martelo, veredicto dado
o pobre coitado foi condenado, fato!
nem lhe deram chance de defender-se
sociedade cruel, ou cruéis advogados?
Na cadeira do réu, o povo, assolado
na mesa do meretíssimo, o senado
ato abrupto votado, concretizado
e o réu povo? indignado, abandonado
Recebeu o fardo, aquele de memória curta
de que adianta democracia, se corrupta?
imposta, podre… “pouco votado” e eleito
A burrice alheia veio a calhar, Calheiros
e a ignorância corrobora a vacilar, falhar
vergonha de ser brasileiro, eu tenho…
Autor: Armindo Guerra Jr.